Disciplina positiva. Para quem não está familiarizado com o conceito, trata-se da comunicação-não violenta entre pais e filhos.
O conceito é baseado no trabalho da educadora e psicóloga Jane Nelsen que, por sua vez, é apoiado na pesquisa de dois educadores, Alfred Adler (1870- 1937) e Rudolf Dreikurs (1897-1972). Trata-se de encontrar estratégias para educar as crianças com firmeza e gentileza. Ou seja, é uma forma de educar que não é nem autoritária e nem permissiva, que respeita a criança como indivíduo e desenvolve autonomia, responsabilidade e cooperação.
No episódio 8 do Podcast É A Mãe!, as jornalistas Juliana Tiraboschi, Bárbara dos Anjos Lima e Camila Borowsky falam sobre o tema e compartilham como lidam com a disciplina em suas casas.
A educadora parental Luanda Barros também participa do programa, explicando conceitos e dando dicas de como lidar com momentos de conflito, como birras.
Segundo a educadora, a parentalidade positiva é muito mais sobre educar os pais, sobre olhar a nossa história e a nossa percepção que criamos do que é ser pai ou mãe, e como isso conversa ou não com nossos filhos.
Na definição de Luanda, quando nos tornamos pais e mães, precisamos estar disponíveis para reconhecer e conhecer nossos filhos. Precisamos nos conectar com essa criança. E, muitas vezes, essa conexão se perde na correria do dia a dia. “A gente se endurece tanto que a rotina fica engessada e a criança não se sente parte dela, daí não colabora”, diz a educadora.
Sim, as crianças precisam ser ensinadas a colaborar com a rotina e deve também ser ensinada a se perceber importante dentro dessa dinâmica familiar. “Mas qual o problema em fazer essas atividades de uma forma lúdica?”, questiona Luanda.
Para a educadora, sempre que a criança está se comportando de um jeito inadequado, existe uma necessidade emocional que não está sendo atendida. A chave aí para lidar com os conflitos é humanizar o olhar para a criança e usar o afeto como arma.
“Precisamos entender de onde vêm as emoções, e isso é parte de um processo de amadurecimento. Nós adultos também fazemos birra, também agimos de forma não racional”, diz Luanda.
Ouça o programa para entender melhor o que é a disciplina positiva: